quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Comportamento do pregador no púlpito















Obrigado a você que está seguindo meus blogs Quero Aprender a Pregar, Discípulo Preparado, e minhas páginas do Facebook, e que tem colaborado com suas perguntas e comentários!

Graças a você, percebi que existem muitas dúvidas sobre o comportamento do pregador no púlpito, e por isso, estou postando este artigo.

Aqui vão algumas dicas:

1 – Posicione-se com naturalidade, e seja você mesmo.

NUNCA represente um personagem no púlpito, jamais IMITE um pregador (famoso ou não).
Seja SEMPRE você mesmo, aja como você sempre agiu: mesmo tom de voz, o mesmo vocabulário, a mesma postura. Se você for natural, mesmo que cometa alguns erros, seus ouvintes lhe perdoarão. Agora, se perceberem que você está representando, sendo artificial, então deixarão de lhe ouvir.
Evidente que, sendo você mesmo, porém, terá um comportamento adequado ao púlpito.

2 – Pregue mensagens que você mesmo preparou.

JAMAIS pregue mensagens de outros pregadores, copiando expressões e gestos.
Se gostar do esboço feito por outro pregador, você pode aproveitá-lo, desde que o adapte para o seu estilo, refazendo-o, substituindo palavras e ilustrações. Eu, particularmente, não consigo pregar em esboço de outra pessoa. Geralmente quando ouço uma pregação, me ocorrem ideias para elaborar novas pregações.

3 – Não brinque demais no púlpito.

Ter um certo grau de bom humor faz bem, porém brincar demais e em todo o tempo tira a autoridade do pregador.
Já presenciei um pregador que brincou muito em uma palestra para os jovens, que quando tentou falar sério, não conseguiu o respeito deles: continuaram pensando que tudo era brincadeira, e riam das coisas sérias que ele falava...
Uma colocação humorada no início, de bom gosto, quando você ainda está nas preliminares, ou seja, cumprimentando a igreja, serve para “quebrar o gelo”. Porém, fazer piadas durante a pregação faz cair o seu conceito e respeito ante a igreja. Pior ainda quando demonstra qualquer tipo de preconceito ou segregação. Cuidado com as expressões que utilizar ao microfone, pois você não está conversando com amigos na sala de sua casa, e pode ser mal interpretado. Aliás, vigie-se e verifique se suas expressões e gestos, nas conversas do dia a dia, são inconvenientes, pois, certamente, você as usará quando estiver pregando: elimine o que for nocivo de seu comportamento, e você usará gestos e expressões adequados ao púlpito.

4 – Não se desculpe antes ou depois de pregar.

Iniciar suas palavras se desculpando que não sabe pregar ou que não está preparado, ou ainda por estar com problemas na voz, doente, etc., é chamar atenção para o seu problema, e fazer com que os ouvintes fiquem prestando atenção nas suas deficiências.
Se não tiver condições físicas (rouquidão, debilidade, etc.), justifique-se com o dirigente do culto e decline a oportunidade, para quando estiver em condições. Se não se preparou, também não pregue.

Agora, se está com dificuldades da inexperiência, não fale a respeito. Apenas prepare-se, e encare o púlpito com naturalidade, evitando evidenciar o nervosismo: não fique arrumando a roupa, mexendo no microfone ou brincando com a caneta, com as mãos nos bolsos ou se apoiando no púlpito, torcendo e apertando as mãos,etc. Aja com calma, pense antes de falar, faça o seu olhar percorrer toda a igreja, evitando ficar olhando para baixo, para a Bíblia, para o teto, para uma parede, etc. Respire fundo e calmamente, e fale com tranquilidade, de maneira a que todos o ouçam, pronunciando corretamente cada palavra. Procure deixar as mãos livres, com gestos tranquilos e coordenados com sua fala. Cuidado com a postura das mãos e dedos, para não fazer, sem querer, algum sinal inconveniente e impróprio. Normalmente, após alguns minutos ante o auditório, o nervosismo diminui. Aliás, eu sinto um frio na barriga e um nervosismo antes de pregar, e isto é normal e necessário, pois ativa nossa atenção e concentração. E tenho lido e ouvido de grandes pregadores, que também assim se sentem, momentos antes de assumir posição ao microfone.

5 – Não pregue gritando.

Se você começar a pregação gritando, certamente que não conseguirá manter o ritmo até o final, e assim, dará a impressão de que “perdeu o pique”, ou pior, perdeu a unção...
Aliás, pregador que prega o tempo todo acaba se tornando desagradável, irritante.
Pregar o tempo todo gritando não permite salientar ou ressaltar frases importantes, pois toda a pregação terá um único tom: imagine se eu estivesse escrevendo este artigo somente com MAIÚSCULAS NEGRITADAS: não seria irritante?

Assim, da mesma maneira, uma pregação toda gritada. Além do que provocará sérios danos às cordas vocais, principalmente se o pregador forçar um tom anormal, muito grave ou muito agudo. Certa vez presenciei uma pregadora forçando a voz, em um tom agudo e em volume alto, sendo que estava pregando à tarde, e pregaria novamente no culto da noite. Coitada, ficou rouca no final do primeiro período...

O ideal é pregar com naturalidade, tendo um controle do volume, de tal maneira que todos consigam ouvir, sendo que utiliza o volume mais alto ou mais baixo para destacar os pontos mais importantes da mensagem, sabendo utilizar até mesmo as pausas, para pontuar a pregação. Gritar não é unção: é presunção...

Outro erro a ser evitado é falar “como robô”, com monotonia. Devemos utilizar um tom de voz conveniente a cada expressão: aprenda a transmitir sentimentos até mesmo na leitura do texto bíblico, respeitando a pontuação e expressando, com a voz, o sentimento de cada frase.

6 – Não pregue falando rápido ou lento demais.

Cuidado com a velocidade de suas palavras!
O nervosismo pode levar você a, sem perceber, “correr” na pregação.
Ou, o inverso: falar devagar demais, com longas pausas, o que causa sono na audiência...
Vigie-se nisso também: procure falar em uma velocidade adequada, nem rápido demais, nem lento demais, pois uma ou outra causa cansaço nos ouvintes.

7 – Tenha alguém no auditório para analisar você.

Principalmente em seu início como pregador, você precisa ter alguém que seja honesto e realista, para avaliar sua pregação, em todos os aspectos: seu comportamento, sua voz, sua dicção, suas expressões e gestos, sua mensagem. Às vezes você descerá do púlpito entusiasmado, e lreceberá uma “ducha gelada” dessa pessoa, mas será para o seu próprio bem: receba com maturidade cada uma das observações negativas, pois através delas você poderá eliminar vícios e erros, e assim, estará se aprimorando a cada dia.

Ainda continuo consultando minha esposa, para saber como está meu comportamento no púlpito, e assim, corrigir erros, vícios, e pontos fracos.

Quando estou pastoreando uma igreja, sempre avalio os obreiros, meus auxiliares, quando pregam, e falo com eles, reservadamente, elogiando os seus pontos fortes, e apontando, com educação e tato, os seus aspectos a serem melhorados. Alguns não gostam, mas outros me agradecem, tempos depois, por tê-los ajudado a desenvolverem-se como pregadores.

8 – Grave ou filme você pregando.

Se for possível, é muito útil a gravação ou filmagem de você pregando, para que você mesmo observe seus erros, e os corrija. Principalmente quando estiver pregando na igreja.

9 – Treine e treine muito.

Treinar a pregação não é carnalidade ou materialismo, ou tentativa de substituir a unção, como pensam alguns, que dizem “eu falo e faço como o espírito me der na hora”. (repare que escrevi “espirito” em minúsculas...)

Os pregadores de multidões treinaram muito antes de alcançar este patamar. Me parece ter ouvido ou lido, que Billy Graham treinava, sozinho, em um celeiro, antes de se tornar um pregador reconhecido mundialmente.

Você pode, após ter preparado a mensagem e feito esboço, pregar para você no espelho, ou para alguém, agindo como se estivesse diante da igreja. Este treinamento lhe ajudará muito quando estiver diante do púlpito, pois lhe habituará às ações e comportamento correto. Treine sua mente e seu corpo para pregar, simulando pregar ante à igreja. O medo do microfone se tornará controlável à medida que você se sentir preparado.

10 – Prepara a mensagem com antecedência e invista tempo, nisso.

Não pense que você consegue preparar uma mensagem de 40 minutos, trabalhando nela apenas 1 ou 2 horas. Uma boa mensagem leva tempo em sua preparação técnica, sem falar no preparo espiritual: a necessária separação para oração, meditação na Palavra e, até mesmo, jejum. Por isso, não deixe para prepará-la somente no dia que irá pregar, e, pior ainda, na tarde desse dia. Mas este é assunto para o próximo post!

Este artigo foi útil para você? Você tem alguma objeção ou dúvida? 
O seu comentário é muito importante para mim, e me guiará para a confecção dos próximos artigos.

Por isso, me diga se gostou ou não, se tem opinião diferente, ou se ficou alguma dúvida, e eu, pessoalmente, estarei lendo a todos os comentários, e respondendo.

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Um abraço, que o Senhor Jesus lhe faça bem sucedido em suas preleções!


Paulo Grigório. 


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